
Já está na 35ª SEMANA
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BEBÉ
O seu pequeno aumentou consideravelmente de peso, chegando aos 2,5 quilos. Começa a acumular gordura, especialmente nos braços e nos ombros.
MAMÃ
O colo do útero começa a aplanar-se. Durante esta semana, a maioria dos bebés vira-se de cabeça para baixo para se preparar para o parto.
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X PARTO X
Cesariana: quando é realmente necessária?
Aproxima-se o final da gravidez e torna-se inevitável pensar no momento do parto. Algumas mulheres perguntam-se se será melhor dar à luz de modo natural ou por cesariana. No entanto, esta intervenção apenas está indicada em certos casos. Vamos explicar-lhe tudo!

QUANDO É NECESSÁRIA?
O parto natural é o modo ideal de nascimento, mas existem algumas condições que tornam um nascimento espontâneo impossível ou pouco seguro. Vejamos quais são estas situações que, segundo a Organização Mundial de Saúde, não deveriam afetar mais de 15% dos partos.
A cesariana eletiva > Anomalias na posição do bebé (que não seja cefálica). Em relação à desproporção feto-pélvica, uma das causas de cesariana mais frequentes (especialmente nas clínicas privadas), é bom esclarecer a que situções se refere: a cesariana torna-se necessária quando o bebé pesa 5Kg ou mais (4,5Kg se a mãe for diabética). Outra questão diferente é a das “segundas cesarianas”, ou seja, uma segunda ocorrência em mulheres que já passaram por uma cesariana. A existência de uma primeira não implica obrigatoriamente um segunda e, na ausência de indicações médicas que exigem uma intervenção, a mulher pode dar à luz com um parto normal com uma taxa de sucesso próxima de 80%. Em caso de urgência > Há sofrimento fetal agudo indicado pela alteração dos batimentos cardíacos. AS MULHERES QUEREM REALMENTE UMA CESARIANA? 
É uma operação inevitável se existirem condições patologicas, maternas e/ou fetais, que possam fazer com que o parto natural seja impossível ou perigoso, como no caso de:
> Anomalias na implantação da placenta (placenta prévia, ou seja, demasiado baixa).
> Doenças maternas graves (de tipo físico e/ou psicológico).
> Desproporção entre as dimensões do bebé (macrossomia) e as ancas maternas.
> Condições patológicas de gravidez que não permitem recorrer a um parto natural.
> Algumas gestações de gémeos (ainda que, se existirem dois sacos amnióticos e duas placentas e os gémeos estiverem em posição cefálica, possam nascer naturalmente).

Quando começa o trabalho de parto, é necessário recorrer a uma cesariana se:
> Existen anomalias a nível da mecânica do parto (quando a progressão se vê bloqueada, ou seja, a cabecinha do bebé não desce)
> Observam-se anomalias no colo do útero (não dilata).
> Há desprendimento da placenta.
> O cordão umbilical desprende-se (se entra pelo canal de parto é esmagado pela cabeça do bebé).
> Há graves complicações de gestose.
Para que a futura mamã possa tomar uma decisão fundamentada, é muito importante que tenha acesso a informação adequada e uma boa assistência durante a gravidez.
Se a mulher escolhe a cesariana e é informada de todos os riscos que este tipo de parto implica, e além disso tem uma ajuda adequada para ultrapassar os seus medos e dúvidas, na maior parte das vezes muda de ideias e sente-se mais preparada para viver uma experiência de parto natural.
X EXAMES X
5 perguntas sobre o teste do estreptococo
A partir desta semana, o seu ginecologista já pode prescrever o teste para detetar a possível presença do estreptococo Explicamos-lhe tudo o que deve saber!

1 – O QUE É O ESTREPTOCOCO?
O estreptococo beta hemolítico do grupo B está presente em quase 30% das mulheres, geralmente de forma assintomática.
Forma parte da flora bacteriana vaginal saprófita, ou seja, não agressiva. Na maioria das vezes provém do intestino. As mulheres que testam positivo costumam sofrer de obstipação: o reto não vazio por completo pode contaminar a zona genital com mais facilidade.
> O estreptococo não gera sintomas específicos. Raramente se dão perdas vaginais que, por outro lado, não são especialmente intensas nem têm cheiro desagradável, e que por isso costumam passar desapercebidas. De qualquer modo, a colonização é, habitualmente, temporal, pode estar presente apenas durante um tempo ou surgir de forma intermitente.
2 QUANDO SE EFETUA O ESFREGAÇO? > Neste caso não se prescreve um tratamento antibiótico por vía oral, já que este conseguiria reduzir a quantidade de bactérias durante um breve período de tiempo mas sem garantia de as eliminar totalmente (a vagina pode voltar a ser colonizada através do reto), o que deixaria o bebé sem proteção no momento do parto. > Juntamente com o esfregaço vaginal e retal, habitualmente, também é pedida uma análise de urina, parte do programa do terceiro trimestre. Assim, é posível obter um quadro ainda mais completo da situção, comparando os dados dos dois exames. Se o resultado do esfregaço for positivo e a análise da urina for negativa, não é necessário fazer qualquer tipo de tratamento durante a gravidez, já que não existem riscos; será suficiente o tratamento antibiótico durante o parto. > Pelo contrário, é possível que ginecologista prescreva um tratamento antibiótico por via oral e durante vários dias, para além do esfregaço e da análise de urina, também se der um resultado positivo de estreptococo. Este tratamento é especialmente indicado para uma carga bacteriana elevada detetada na urina. Neste caso, é necessário evitar o risco de infeção das vias urinárias, o que pode causar um parto prematuro. No momento da dilatação, a mãe deverá efetuar o tratamento por via endovenosa. 3 – EM QUE CONSISTE O TRATAMENTO? Quando se inicia a dilatação é administrado um antibiótico da família das penicilinas, por via endovenosa, com uma dose de ataque que é seguida de outra dose a cada quatro horas até ao nascimento. > Depois do nascimento é feito um esfregaço na cavidade da orofaringe e outro nos ouvidos para descartar o contágio da infeção. No caso do resultado ser positivo, o bebé recebe tratamento antibiótico. Por outro lado, a mãe já não deve seguir tratamento, nem necessita de efetuar controlos posteriores, a não ser que note incómodos como ardor ou prurido vaginal. 4 – COMO SE PROTEGE O BEBÉ? Não obstante, um estudo americano demontrou que o tratamento antibiótico durante o trabalho de parto, no caso of esfregaço positivo é, na verdade, o modo mais eficaz de evitar a transmitsão ao recém-nascido. 5 – PORQUE É PERIGOSO? > Segundo as estatísticas, uma mulher portadora da bactéria pode transmiti-la ao filho em 40-70% dos casos. Entre estes, apenas uma parte muito pequena (1-3%) irá desenvolver uma das complicações associadas a esta bactería. Em geral, em cada 1,000 recém-nascidos apenas um é afetado pela infeção do estreptococo. Esta infeção pode-se manifiestatar de formas extremadamente variadas em intensidade e gravidade, causando bronquite, pneumonia, infeção das vias urinárias e do aparelho digestivo e, inclusive, infeções generalizadas (sépsis) e meningite.
> Efetua-se entre as semanas 35 e 37 da gravidez, e trata-se de um exame que faz parte da maioria dos protocolos médicos. É feito por meio de uma amostra de secreção vaginal e retal com cotonetes muito finos, semelhantes aos que se utilizam para os ouvidos. A amostra é enviada para o laboratório e, em 48h, obtêm-se os resultados. Ainda que o estreptococo esteja presente em apenas uma das amostras (vaginal ou retal), considera-se o resultado positivo.

> Se o resultado do teste for positivo, é preferível intervir, durante a dilatação, com tratamento antibiótico endovenoso. De facto, despois da rotura das membranas e durante a passagem do bebé pelo canal de parto, o risco de contaminação é elevado.

Esta estratégia de prevenção (o esfregaço e o antibiótico por vía endovenosa durante o parto) faz parte dos programas de segurança para proteger o bebé. No entanto, em outros países como a Inglaterra, seguem-se outros critérios. Neste país o tratamento antibiótico apenas se administra em determinadas situações. A mãe recebe o medicamento em caso de parto prematuro (antes da semana 37), febre superior a 37,5º C, rotura das membranas de mais de 12 horas, um filho anterior com infeção neonatal ou perante a presença de bactérias na urina durante a gravidez.
> O estreptococo beta hemolítico é um dos principais agentes patogénicos responssáveis pelas infeções neonatais. Juntamente com a Escherichia coli, é causa do maior número de meningites nos dois primeiros meses de vida. O facto de o bebé entrar em contacto com este gérme não significa obrigatoriamente que a doença se desenvolva. O seu aparecimento e gravidade relacionam-se com a carga bacteriana, com o alastrar da infeção e com a presença de anticorpos no sangue materno.
X PARTO X
Lista para o hospital: de que necessito?
Chegou a hora de fazer a mala para quando tiver de ir para o hospital. Aponte tudo o que vai necessitar para si e para o seu filho. Não deixe para amanhã …

Quando o parto se aproxima, a futura mãe deve preparar tudo o que necessita para o bebé e para a sua estada no hospital após o nascimento. Por isso, ainda que faltem algumas semanas para a data do parto, é aconselhável não esperar até ao último momento para preparar a mala que vai levar para o hospital, já que o parto pode antecipar-se e é sempre prudente ter tudo pronto.
> 5-6 mudas: t-shirts e babygrows, bodys de algodão, camisolas e calças. Uma vez preparadas as coisinhas do recém-nascido, agora é a vez da lista para o parto com tudo o que vai necessitar essa maravilhosa e nova mamã. Aqui deixamos uma lista do que precisa para o hospital: > Os resultados dos últimos exames que fez.
> 5 pares de meias ou carapins.
> 3-5 babetes, para a amamentação.
> Gorrinho de lã ou de algodão.
> Fraldas para recém-nascido.
> Para a higiene: óleo ou leite de limpeza, sabão neutro, creme para a muda da fralda, toalhetes, pente ou escova.
> 2 mantinhas.
> Uma manta de lã para o inverno, e de algodão para as restantes estações.
> Um berço de transporte, um porta-bebés ou uma cadeira auto, para levar o seu bebé para casa quando lhe derem alta (podem trazê-la no último dia).
> Uma muda para quando sair do hospital.

> O seu documento nacional de identificação, os documentos do seguro médico e o cartão com o grupo sanguíneo.
> 1 roupão.
> 2 camisas de noite abertas à frente, para que a amamentação seja mais fácil.
> Pantufas.
> 2 ou 3 pares de meias.
> 2 ou 3 sutiãs de lactância.
> Discos absorventes de lactância.
> Creme para os mamilos.
> 6 cuequinhas altas de algodão ou descartáveis.
> 1 cinta pós-parto (opcional).
> 2 pacotes de pensos especiais para pós-parto.
> Produtos de higiene: sabão neutro, champô, pente, escova e pasta de dentes, cremes, maquilhagem e manteiga de cacau para hidratar os lábios secos.
>Roupa para voltar para casa (escolha roupa larga: a sua barriga ainda terá volume).
> A máquina fotográfica, o telemóvel e o carregador, o reprodutor de música, o tablet…
> As coisas de que o pai precisará se vai ficar consigo no hospital durante este tempo.
XBEM-ESTARX
7 segredos para um bom descanso
Custa-lhe muito adormecer? Nesta fase da gravidez é natural que isto suceda. Explicamos-lhe os motivos e damos-lhe alguns conselhos para conseguir dormir melhor.

A gravidez é um período de grandes alterações do corpo e da mente da futura mãe. Todas as suas funções vitais se transformam e, entre elas, o sono. A dificuldade para adormecer nota-se especialmente no final dos nove meses: a barriga é cada vez mais pesada, a respiração é mais difícil e as digestões são mais lentas, o que causa os frequentes despertares durante a noite. Vejamos algumas recomendações para dormir melhor:
1 – HORÁRIOS REGULARES 2 – REFEIÇÕES LEVES 3 – EXERCÍCIO FÍSICO 4 – RELAXAR AO ANOITECER 5 – IR À CASA DE BANHO ANTES DE IR PARA A CAMA 6 – ALMOFADAS ESPECIAIS 7 – UMA PEQUENA SESTA
> As horas de ir para a cama e de acordar devem ser sempre as mesmas, incluindo no fim-de-semana, e independentemente do que tenha dormido. Não se preocupe se não consegue adormecer; entrará num círculo vicioso que impede o relaxamento e a situação apenas piorará.
> Um passo muito importante para adormecer bem à noite é o jantar, que deve ser leve, à base de verduras, todo o tipo de peixe, ovos ou arroz (entre outros). É conveniente evitar os pratos picantes e gordurosos, assim como jantares abundantes. Também é aconselhável jantar cedo para que o corpo tenha o tempo necessário para fazer a conveniente digestão antes de se deitar.
> O desporto ajuda a manter-se saudável: a melhorar a circulação, a evitar as dores de costas e das pernas, etc. Informe-se sobre os exercícios mais aconselháveis para o fim da gravidez e comece já. O cansaço físico irá ajudá-la a descansar melhor durante a noite.
> Oferecer-se um momento de relaxamento no fim do dia pode ajudá-la a desconectar de tudo. Seja tomando um duche quente, deixando-se mimar com uma massagem ou praticando técnicas de relaxamento como o yoga.
> Um conselho muito útil para evitar levantar-se durante a noite é fazer xixi antes de se deitar. Também é aconselhável não beber demasiados líquidos ao jantar.
> Existem almofadas especialmente concebidas para grávidas, e que podem fazer com que durma melhor. Para resolver os problemas de azia e de respiração mais pesada, durma com uma almofada debaixo das costas. Deste modo, a pressão interna do útero torna-se mais leve e a compressão no estômago e no diafragma diminui. Para facilitar a respiração também é bom deitar-se de lado.
> As sestas durante a gravidez são muito recomendáveis. No entanto devem ser curtas, já que uma sesta demasiado longa pode resultar num adormecer mais difícil à noite.
XPÓS-PARTOX
Como é um recém-nascido?
Certamente já se perguntou como será o seu bebé quando nascer. Independentemente dos seus traços físicos, todos os recém-nascidos partilham algumas características que talvez desconheça.

PÉS E MÃOS FRIOS
> Muitas vezes, os pezinhos do bebé (e também as mãos) estão frios, algo que não deve preocupar. Deve-se ao facto de o aparelho circulatório ainda não estar “em funções” e, portanto, a circulação das extremidades das articulações torna-se mais lenta.
Se coloca o seu bebé numa posição erguida, com os pés apoiados sobre uma superfície, ele parece dar alguns passos: este é o chamado reflexo de marcha.
AS MÃOZINHAS ORELHAS DOBRADAS? OS OLHOS FONTANELAS DELICADAS COTO UMBILICAL GENITAIS GRANDES E AVERMELHADOS
> Entre os cinco sentidos, o tato é aquele que se encontra mais desenvolvido nos bebés recém-nascidos, já que foi anteriormente exercitado na barriga, a brincar com o cordão umbilical e a chuchar no polegar. Se lhe tocar com um dedo na palma da mão, o bebé aperta o dedo em ato reflexo. As suas unhas, ainda que extremamente finas, podem ser bastante longas e crescem depressa.
> Por vezes, como consequência da sua passagem pelo canal de parto, os recém-nascidos aparecem com uma orelha dobrada. Não é nada grave: em muito pouco tempo o pavilhão auricular voltará à forma correta. De qualquer modo, o bebé ouve bem, reconhece claramente os sons e ruídos que lhe chegam desde que estava na barriga no último trimestre. As vozes atraem-no, especialmente a da mamã.
> O recém-nascido tem uma capacidade visual adequada às suas necessidades. Foca os objetos que se encontram a cerca de 30 centímetros, como o rosto da mãe durante a amamentação. A cor dos olhos (cinzento-azulados ou castanhos) ainda não é definitiva. Geralmente, a íris tende a pigmentar e escurecer num período que dura entre seis a oito meses.
> As fontanelas são seis pequenas zonas moles e latentes da cabeça dos bebés recém-nascidos e formam os pontos onde os ossos ainda não estão solidificados. Graças à sua elasticidade, a cabecinha consegue passar pelo canal de parto. A fontanela principal situa-se na parte superior frontal, possui forma de losango, e mede cerca de dois centímetros. Ainda que deva ser tratada cuidadosamente, não é tão frágil como se pensa. Dar banho ao seu filho ou cuidar da sua higiene não implica qualquer perigo.
O cabelo do recém-nascido não é cabelo propriamente dito, é uma espécie de lanugem que irá cair em algumas semanas.

> O abdómen do recém-nascido é bastante arredondado. Na gíria médica diz-se que tem um aspeto globoso. No centro encontra-se o cordão umbilical, que secará e curará mais depressa quanto mais seco se mantiver. Por esta razão, é importante deixar-lhe a barriga destapada sempre que puder e o clima o permitir. Para o limpar não devem ser utilizados produtos desinfetantes; apenas uma gaze húmida com água. Normalmente, o coto desprende-se 3-7 dias após o nascimento e deixa uma pequena crosta que, por sua vez, cairá em poucos dias, deixando uma cicatriz permanente: o umbigo.
> Devido às hormonas que a mãe transmite ao bebé durante a gravidez, ao nascer, a vulva e os testículos dos bebés recém-nascidos são um pouco maiores proporcionalmente ao resto do corpo. Também podem estar bastante avermelhados, dado a grande afluência de sangue na zona genital. Trata-se de processos naturais, que não a devem preocupar: irão desaparecer por si só à medida que o corpo do bebé “estabilizar”.
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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem
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